(Foto: Valéria Lima)
Em 2015, foram 1.019 acidentes registrados pelo 2º Departamento de Polícia Rodoviária Estadual em Mossoró - quase três acidentes por dia. Precisamente 3.566 pacientes foram atendidos no Hospital Regional Tarcísio Maia vítimas de acidentes de trânsito em 2015.
Em seguida, começa a batalha por vaga na fila para cirurgias ortopédicas. Atualmente, cerca de 300 pacientes estão à espera de uma cirurgia no Hospital Maternidade Almeida Castro.
Além das precauções a serem tomadas no trânsito, a população deve tomar outros cuidados durante o atendimento para não agravar ainda mais o estado de saúde das vítimas de acidentes.
Para evitar que a ajuda se transforme em perigo, a melhor indicação é, de forma alguma, mexer na vítima do acidente, alerta o socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Giuliano Carlos.
Carlos comenta que já presenciou casos em que as vítimas eram levadas de qualquer jeito. O indicado é isso não acontecer. É perigoso para o estado de saúde da vítima.
“Não é indicado que pessoas sem conhecimentos técnicos de primeiros socorros façma nenhum procedimento, hoje as pessoas estão mais conscientes dos riscos, tinha gente que colocava dentro de qualquer carro e levava para o hospital”, afirma.
O socorrista afirma que os danos nestes casos podem ser ainda maiores, principalmente, quando envolvem lesões na cabeça e na coluna. “Nos casos de pancadas na cabeça e coluna são os mais perigosos porque tem trauma. Mexer na vítima pode causar um dano ainda mais grave para a vítima”, alerta Giuliano.
Giuliano explica que há casos em que um popular pode até fazer algum procedimento, mas isso é mais raro acontecer. A melhor alternativa é sempre ligar para o SAMU através do 192.
Segundo ele, “é importante sempre seguir as orientações do Samu por telefone até a equipe chegar no local. Já lidamos com alguns que sabiam fazer imobilização de pescoço ou de coluna, aí sim. Mas, não é indicado que quem não conheça estes procedimentos façam”.
“É melhor ligar para o Samu e isolar a área e não fazer mais nada, porque com a intenção de ajudar pode acabar atrapalhando mais”, conclui Giuliano Carlos.
A recomendação de Giuliano já é refletida em alguns populares. É o caso do professor Fernando Costa, vítima de acidente de motocicleta.
Fernando relata que teve uma fratura no tornozelo e no pulso, além de várias escoriações pelo corpo. Ele fez vários exames e teve que imobilizar as partes fraturadas. Nem todo mundo tem a mesma “sorte”.
O professor comenta que já presenciou populares tentando ajudar, mas acabaram atrapalhando. “Algumas das vezes até pessoas que não sabem nem o que está fazendo e acabam se afobando”, afirma.
Por: Valéria Lima/Jornal Mossoró Hoje
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