(Foto: Geotrilhas)
“Continuamos trabalhando, fazendo os estudos, porque falta dinheiro, e enquanto falta dinheiro a gente planeja. Estamos fazendo uma espécie de zoneamento do litoral do Estado, para saber quais são os melhores pontos para instalar algumas usinas, umas pequenas outras maiores. A maior usina que estamos colocando na cabeça, para transformar em projeto e um dia implementa, é na cidade de Areia Branca, para atender também Mossoró”, relatou.
Dentro do processo de discussão do reuso e dessalinização da água do mar, o Governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, formou duas comissões técnicas, cada uma sobre um dos temas, para atuarem na elaboração de projetos pilotos a serem implantados no Estado.
O secretário Adjunto da Semarh e coordenador dos trabalhos, general Araújo Lima, explica que a elaboração desses projetos é a continuação de um evento realizado, em novembro passado, pelo Estado, para fomentar discussões e apontar os desafios e benefícios decorrentes da dessalinização das águas do mar e do reuso de água no RN, o I Simpósio das Águas do Rio Grande do Norte (SIMAGUA).
Para compor as duas comissões e auxiliar na elaboração dos pilotos foram convidados técnicos capacitados e com conhecimento de alto nível sobre o assunto, inclusive alguns especialistas que já tinham contribuído no Seminário.
“Também convidamos as prefeituras com experiências empregadas, como é o caso de Florânia, que já utiliza reuso de água residual para irrigação e alimentação do gado, além de representantes de salinas, uma vez que uma das ideias discutidas seria direcionar o rejeito da usina de dessalinização para esse local” frisa o General.
O secretário Mairton França ressalta que os projetos pilotos de reuso de água e de dessalinização de água do mar do RN, com a instalação de uma usina teste, surgem como alternativa para reduzir a captação de água em mananciais, preservando-a para os usos mais restritivos, como é o caso do abastecimento humano.
“O uso de alternativas e tecnologias sustentáveis traz uma possibilidade concreta mitigar os efeitos da escassez hídrica, no entanto é preciso uma discussão profunda sobre as viabilidades econômica, ambiental, social e técnica, dos projetos, e para isso formamos as comissões”, relata Mairton.
No tocante às discussões econômicas, a Semarh está estudando possibilidades de parcerias com a iniciativa privada para realização do projeto.
“Sobre a viabilidade econômica, por exemplo, de uma usina, ela deve englobar todo o processo de dessalinização de água do mar, isto é, não se considera apenas o sistema de membranas, mas inclui também o sistema de captação, de pré-tratamento, de pós-tratamento, de descarga do concentrado salino”, conclui Mairton.
Com informações da Assecom/RN